Cúpula em París
Paris, 22 junho (RHC).- O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, exigiram nesta quinta-feira mudanças profundas no sistema financeiro internacional para que esteja à altura dos desafios da humanidade.
A arquitetura financeira está em crise, é obsoleta, disfuncional e injusta, e não responde a um mundo multipolar, avisou Guterres ao fazer uso da palavra no primeiro dia do fórum para um Novo Pacto Financeiro Mundial.
Os países ricos podem gerar a liquidez necessária par relançar suas economias, porém as nações em desenvolvimento não têm essa capacidade, enfrentam a disjuntiva de pagar as dívidas ou atender aos problemas básicos da população, um cenário com sequela terrível em várias gerações, assinalou o secretário-geral da ONU.
A arquitetura financeira internacional, portanto, falhou em sua missão de contribuir para a segurança global e ajudar os países do Sul, ressaltou Antonio Guterres.
Já a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, insistiu na urgência de realizar mudanças profundas.
Não estamos apenas pedindo dinheiro, queremos uma transformação da governança financeira, porque o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional se fundaram quando os nossos países não existiam, afirmou.
Para a premiê barbadense, a questão é identificar os pontos comuns e salvar, entre todos, o planeta, para que possamos viver no mesmo.
No Caribe, disse, estamos lidando neste instante com a ameaça da tempestade tropical Bretl, e pensei se vinha ou não, mas estou aqui pela importância de que atuemos e não separemos a pobreza, nem a educação, do tema climático.
A primeira-ministra sentenciou que o mundo não pode continuar à sombra da antiga ordem imperial e insistiu na urgência de reagir e eliminá-la.
O que deveríamos ter feito em um século, agora é preciso resolvê-lo em dez anos, ressaltou. (Fonte: PL)