Portavoz de la junta militar, Amadou Abdramane.
Niamey, 04 agosto (RHC) As novas autoridades militares do Níger anunciaram a suspensão dos acordos de cooperação militar com a França e rejeitaram qualquer tipo de intervenção militar estrangeira.
O porta-voz da junta, Amadou Abdramane, em um comunicado transmitido pela televisão, anunciou o cancelamento dos acordos de cooperação de segurança e defesa com a França, tendo em vista a atitude desse país em relação à situação interna vivida atualmente na nação africana.
Também foi anunciado um decreto declarando o fim das funções do embaixador nigerino na França, em uma medida que também inclui os representantes diplomáticos nos Estados Unidos, no Togo e na Nigéria.
Abdramane também condenou a iniciativa de intervenção militar e o anúncio de um pacote de sanções impostas por órgãos como a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), que deu à junta um ultimato até domingo para que renunciasse ao poder e reintegrasse o presidente deposto, Mohamed Bazoum.
Em uma coluna publicada no jornal Washington Post, o presidente deposto Bazoum pediu ajuda aos Estados Unidos e à comunidade internacional para restaurar a ordem constitucional em seu país.
Uma junta militar chamada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria anunciou em 26 de julho na televisão estatal a destituição do presidente Mohamed Bazoum, a suspensão das instituições, o fechamento das fronteiras e um toque de recolher noturno.
Essa é a segunda tentativa de golpe contra o atual governo do país africano.
O Níger é uma das nações mais pobres do mundo, sofrendo os efeitos das mudanças climáticas e de uma crise alimentar que afeta milhões de pessoas. Depois de Mali e Burkina Faso, é o terceiro país do Sahel afetado pela maioria dos ataques de grupos islâmicos radicais. (Fonte: PL)