Naledi Pandor.
Pretória, 08 de novembro (RHC) A ministra de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Naledi Pandor, reiterou a posição de seu país a favor de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas.
Falando na Assembleia Nacional, ela pediu a abertura de corredores humanitários na Faixa de Gaza e a retomada dos serviços básicos, especialmente para os feridos no enclave pelos ataques aéreos israelenses.
As ações que testemunhamos diariamente por parte de Israel, seus ataques e sequestros de civis inocentes, violam a lei internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, a Convenção de Genebra e todos os seus protocolos, enfatizou Pandor.
É essencial que reconheçamos que a ocupação ilegal da Palestina por Israel, que já dura décadas, provocou um ódio amargo e uma escalada da violência, que não é a primeira que o povo da Palestina vivencia, acrescentou.
O assassinato de crianças e mulheres, entre outros atos semelhantes, é algo que deveria ter resultado na emissão de um mandado de prisão imediato pelo Tribunal Penal Internacional para os principais tomadores de decisão, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, responsável pelas violações do direito penal internacional, enfatizou.
E reiterou que o Estado palestino deve ser criado ao longo das linhas de fronteira de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital, e de acordo com várias resoluções da ONU.
Sobre esse ponto, Pandor argumentou que a África do Sul está ciente de que Israel tem usado cada vez mais os assentamentos e as ocupações ilegais para tornar quase impossível a criação de um Estado palestino.
E pediu o envio de uma força da ONU para a Palestina, com o mandato de monitorar a implementação de um cessar-fogo, a cessação das hostilidades e, o mais importante: proteger os civis. (PL)