Nações Unidas, 21 de dezembro (RHC) O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou na quinta-feira ao diálogo e estendeu o apoio da organização diante dos últimos acontecimentos na Guiné-Bissau.
Em uma declaração divulgada por seu porta-voz, Sthéphane Dujarric, Guterres pediu aos partidos que respeitassem a Constituição e dialogassem para resolver suas diferenças políticas.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz garantiu que o Representante Especial da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Leonardo Simão, está em contato com as partes envolvidas.
Leonardo Simão está pronto para colaborar com a liderança política do país e outras partes interessadas em colaboração com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental e outros parceiros internacionais, acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, substituiu seu primeiro-ministro e o incumbiu de travar a guerra contra a corrupção, depois de ter denunciado uma suposta tentativa de golpe no mês passado.
O presidente destituiu Geraldo Martins do cargo de primeiro-ministro uma semana após sua reeleição e nomeou para o posto o ex-primeiro-ministro Rui Duarte de Barros.
Embalo dissolveu o parlamento da Guiné-Bissau dias depois de um suposto golpe fracassado em 1º de dezembro.
A suposta tentativa resultou na prisão do comandante da Guarda Nacional, Victor Tchongo.
A Guiné-Bissau sofreu várias revoltas militares e quatro golpes de Estado desde sua independência de Portugal (declarada em 1973 e reconhecida em 1974).
A nação padece instabilidade política desde 2015, com a demissão de sete primeiros-ministros. (Fonte: PL)