Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 23 janeiro (RHC) Equipamentos militares dos Estados Unidos (EUA) e pessoal do FBI já estão no Equador, e crescem as suspeitas sobre as verdadeiras intenções dessa ajuda, de acordo com informações da agência de notícias Prensa Latina em Quito.
A chegada dos equipamentos ocorre enquanto uma delegação de funcionários, incluindo a chefe do Comando Sul, Laura Richardson, realiza visita ao país.
Em meio ao conflito armado interno decretado pelo presidente do país sul-americano, Daniel Noboa, os Estados Unidos entregaram mais de 20 mil coletes à prova de balas para a Polícia Nacional, e um milhão de dólares em equipamentos de segurança e resposta a emergências.
A embaixada de Washington em Quito informou que a equipe do FBI está no Equador para apoiar a Procuradoria Geral e as forças policiais.
O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, almirante Jaime Vela, confirmou a chegada de uma aeronave Antonov AN-124, com registro ucraniano, ao aeroporto de Guayaquil com mercadorias provenientes dos Estados Unidos, mas não especificou seu conteúdo por motivos de segurança.
Na segunda-feira, a delegação de alto nível norte-americana se reuniu no Palácio Carondelet com o Presidente Noboa e membros de sua equipe.
Após a reunião, a ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld, descreveu o encontro como um "sinal político poderoso e concreto" de apoio diante da situação no país.
Vários analistas alertam que a crise de segurança no Equador e a declaração de um conflito armado interno podem ser uma oportunidade para os Estados Unidos aumentarem sua presença militar.
As organizações sociais também rejeitam essa ajuda, que descrevem como interferência e perda de soberania.
A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) descreveu a cooperação oferecida pela Casa Branca como pouco transparente (Fonte: Prensa Latina).