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Havana, 15 março (RHC) As condições de saúde no norte da Faixa de Gaza pioraram devido ao transbordamento de esgoto e à contaminação da água de beber, alertou a imprensa palestina.
O portal de notícias Al Quds observou que a situação, causada pelo contínuo bombardeio israelense desde 7 de outubro, levou à disseminação de doenças.
Nos becos do campo de refugiados de Jabalia, o esgoto vaza para as casas e centros de abrigo dos cidadãos, afirma.
No início deste ano, a Autoridade Palestina de Qualidade Ambiental revelou que 66% da população da Faixa padecem a disseminação de doenças transmitidas por água poluída, incluindo cólera e diarreia crônica.
Em entrevista à agência de notícias Anadolu, o prefeito de Jabalia, Mazen Al-Najjar, denunciou que o exército israelense destruiu mais de 70% dos poços.
A água que os moradores extraem usando métodos primitivos está contaminada, confirmou.
A falta de água é agravada pela fome, devido à escassez de alimentos e nutrientes em decorrência do cerco e da guerra.
Desde o início do conflito, não conseguimos obter diesel, o que aumentou a complexidade da prestação de serviços devido aos cortes de energia, desabafou.
No início deste mês, o Escritório Central de Estatísticas (PCBS) e a Autoridade de Qualidade Ambiental alertaram que 75% dos palestinos no norte de Gaza bebem água contaminada.
Relataram que 65 bombas de esgoto pararam de funcionar por causa do bloqueio israelense à entrada de combustível na região, bem como seis estações e sistemas de tratamento.
A decisão resultou no despejo de cerca de 130.000 metros cúbicos de esgoto não tratado no Mar Mediterrâneo todos os dias.
No início de outubro do ano passado, dias antes da agressão israelense, o PCBS denunciou que apenas 40% da população palestina tinham acesso a água segura e livre de poluição. (Fonte: Prensa Latina)