Foto: Tomada de Prensa Latina
Havana, 08 de abril (RHC) O México irá hoje à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para denunciar a violação da soberania nacional perpetrada pelo governo do Equador, depois de ordenar a invasão violenta da embaixada mexicana em Quito para sequestrar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que havia recebido asilo político.
A ministra mexicana das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, anunciou em entrevista coletiva que a invasão violenta, ordenada pelo presidente Daniel Noboa, não tem precedentes e deve ser condenada pela comunidade internacional.
As autoridades equatorianas "entraram com violência e sem autorização, agredindo fisicamente, e por essa razão, e sob as instruções do presidente Andrés Manuel López Obrador, decidimos romper relações com o governo do Equador e o condenamos veementemente", disse Bárcenas.
Ele detalhou que 18 países latino-americanos e 20 países europeus, incluindo a União Europeia, por meio de seu Alto Representante para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, condenaram a violação da embaixada mexicana em Quito.
López Obrador agradeceu aos líderes dessas nações por sua solidariedade diante das violações flagrantes da Convenção Americana sobre Asilo e da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Na rede social X, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez expressou sua solidariedade com o México e advertiu que é dever de todos respeitar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas como um componente essencial do direito internacional.
De acordo com o jornal El Confidencial, Cuba, Alemanha, Panamá e Honduras estiveram presentes com seus representantes no aeroporto da capital equatoriana para se despedir da equipe diplomática mexicana.
Também foi informado que a Celac realizará reuniões de emergência hoje e amanhã, de acordo com a presidente pro tempore e chefe de Estado hondurenha, Xiomara Castro de Zelaya, sobre o assunto. (Fonte: Granma)