Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 15 de abril (RHC) Independentemente do resultado, o julgamento criminal que começa hoje em Nova York contra Donald Trump já é histórico: pela primeira vez nos Estados Unidos, um ex-presidente senta no banco dos réus sob acusações criminais.
O ex-presidente (2017-2021) enfrenta 34 acusações de falsificar registros de negócios para encobrir o pagamento em 2016 - quando estava buscando a presidência - à atriz Stormy Daniels.
Até o momento, três dos quatro julgamentos criminais de Trump (os de Washington, Flórida e Geórgia) permanecem com o botão de freio acionado, mas em um tribunal de Manhattan, para grande desgosto do eventual candidato republicano, o processo terá início nesta segunda-feira com a seleção do júri.
O advogado Michael Cohen, ex-aliado de Trump, é a testemunha principal. Foi ele quem pagou a Daniels para que não abrisse a boca. Mais tarde, foi reembolsado por Trump.
Como alega o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, o ex-presidente falsificou registros sobre esses pagamentos para "ocultar a atividade criminosa".
Sem dúvida, há uma expectativa generalizada. A mídia televisiva anunciou uma cobertura especial. A publicidade, de qualquer forma, será garantida.
Antes de 15 de abril, Trump fez o indescritível - por meio de sua equipe jurídica - para adiar o julgamento. Como se pode presumir, o ideal para ele é ir adiando as coisas para lá de 5 de novembro, a data das eleições gerais.
Na semana passada, três tentativas de seus advogados de adiar o início do julgamento fracassaram.
"Na segunda-feira, serei forçado a me sentar, amordaçado, diante de um juiz altamente conflituoso e corrupto cujo ódio por mim não tem limites", escreveu Trump no Truth Social na quarta-feira.
Sua defesa tentará se apoiar em questão de credibilidade: não se pode confiar em Cohen se consta sua declaração de culpa por mentir ao Congresso e o Departamento de Justiça se recusou a oferecer-lhe um acordo porque os promotores presumiram que lhes havia mentido, lembra a imprensa local. (Fonte: Prensa Latina)