Foto tomada de Prensa Latina
Buenos Aires, 09 maio (RHC) Os dirigentes da Confederação Geral do Trabalho (CGT) qualificaram hoje de contundente a greve geral na Argentina contra as políticas do governo de Javier Milei.
Em conferência de imprensa, um dos secretários gerais da CGT e líder do Sindicato de Caminhoneiros, Pablo Moyano, destacou o alto nível de participação no protesto e afirmou que, se o plano de austeridade do governo continuar, a confederação sindical continuará com seu programa de luta.
Por sua vez, o representante do setor de saúde, Héctor Daer, afirmou que o governo deve tomar nota do que aconteceu nesta quinta-feira e repensar suas políticas, que "levam os trabalhadores a extremos dos quais será difícil que possam se recuperar".
Daer também considerou que o protesto foi bem-sucedido, não por causa dos motivos que o forçaram a acontecer, mas por causa do apoio social que recebeu.
Por sua vez, o líder do Sindicato dos Funcionários do Judiciário, Julio Piumato, explicou que a greve se sustenta nos direitos concedidos pela Constituição e acusou o governo de tentar violar a Carta Magna por meio do decreto de necessidade e urgência 70/23 e da chamada Lei Omnibus.
Em declarações à imprensa local, os membros da CGT não descartaram outras manifestações quando a lei for votada no Senado.
A lei concede poderes legislativos a Milei sob o pretexto de declarar uma emergência pública em questões administrativas, econômicas, financeiras e energéticas.
Da mesma forma, estabelece: a reforma do Estado, a privatização de empresas públicas, a modificação do sistema trabalhista, a substituição das indenizações por um fundo de indenização que fará com que cada trabalhador pague por sua própria demissão, e mudanças no sistema previdenciário que possibilitam o aumento da idade de aposentadoria para as mulheres, entre outras medidas. (Fonte: PL)