Organizações argentinas preparam ações contra as medidas de Milei

Editado por Irene Fait
2024-05-15 08:49:45

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Foto: Prensa Latina

Havana, 15 de maio (RHC) Organizações sociais, sindicais e de direitos humanos da Argentina estão preparando os detalhes das ações para rejeitar a chamada Lei Omnibus e as fortes medidas de austeridade promovidas pelo governo de Javier Milei.

Após uma assembleia realizada na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires, a Confederação Geral do Trabalho, a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), a CTA Autônoma (CTA-A), a Linha Fundadora das Mães da Praça de Maio e a Federação Judicial Argentina, entre muitos outros grupos, estão preparando mobilizações e atos de protesto contra essas e outras medidas do Executivo.

Depois de receber metade da aprovação na Câmara dos Deputados, a Lei Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos (Omnibus) está agora sendo analisada nas comissões do Senado. As acima mencionadas organizações concordaram em realizar uma manifestação quando a votação ocorrer no Senado.

O projeto de lei concede poderes ao presidente por um ano sob o pretexto de declarar uma emergência pública em questões administrativas, econômicas, financeiras e energéticas.

Além disso, prevê a reforma do Estado, a privatização de empresas públicas, a modificação do sistema trabalhista, a substituição da indenização por demissão por um fundo de indenização que fará com que cada trabalhador pague por sua própria demissão e mudanças no sistema previdenciário que possibilitam o aumento da idade de aposentadoria para as mulheres, entre outras medidas.

As organizações reunidas em Buenos Aires criticaram essa lei e apoiaram a convocação de manifestações contra o decreto de necessidade e urgência (DNU) 70/23, que reforma ou elimina mais de 300 leis e já foi rejeitado pelos senadores.

“Ratificamos nosso compromisso de enfrentar, unidos, esse cenário complexo, em que um governo neofascista está tentando consolidar o colonialismo em nossa sociedade e em nosso país", disse Hugo Godoy, secretário-geral da CTA-A.

Por meio da ação popular, devemos fazer com que os deputados anulem a DNU. É essencial manter esse estado de mobilização e reunião entre nossas organizações, para que o povo possa participar, acrescentou.

Por sua vez, o líder da CTA, Hugo Yasky, pediu "romper com a paralisia que os grupos econômicos dominantes estão tentando impor" e disse que nos últimos meses houve dois pontos de inflexão: a marcha em defesa da educação pública e a greve geral no dia 9 deste mês.

A representante das Mães, Taty Almeida, defendeu a continuidade da luta e da resistência (Fonte: Prensa Latina).



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