Tribunal Internacional de Justiça ordena a Israel que suspenda ofensiva em Rafah

Editado por Irene Fait
2024-05-25 12:53:14

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Haia, 24 de maio (RHC) O Tribunal Internacional de Justiça ordenou na sexta-feira a Israel que suspenda sua ofensiva militar contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

O presidente do principal órgão judicial das Nações Unidas, Nawaf Salam, determinou que "Israel deve interromper imediatamente sua ofensiva militar ou qualquer outra ação na província de Rafah que possa infligir ao grupo palestino em Gaza condições de vida que possam levar à sua destruição física total ou parcial".

De acordo com Salam, o Tribunal não está convencido de que os esforços israelenses de evacuação na Faixa sejam suficientes.

O tribunal advertiu que a situação humanitária em Rafah "se deteriorou ainda mais" desde a última ordem judicial em março e neste instante é "desastrosa".

Na segunda-feira, o promotor Karim Khan solicitou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a emissão de mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O mesmo pedido foi feito contra o líder do Hamas, Yahya Sinwar, em ambos os casos por presumíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O promotor também solicitou autorização dos juízes para ações semelhantes contra Mohammed Diab Ibrahim al Masri, conhecido como Deif e comandante das Brigadas Al Qassam, o braço armado da organização, e contra Ismail Haniyeh, chefe do escritório político do Hamas.

Considero que as provas que coletamos, incluindo entrevistas com sobreviventes e testemunhas, material autenticado de vídeo, foto e áudio, (...) mostram que Israel priva intencional e sistematicamente os civis em todas as partes de Gaza de objetos indispensáveis à sobrevivência humana, argumentou Khan.

E também enfatizou que os pedidos apresentados eram "o resultado de uma investigação independente e imparcial" feita por seu escritório.

A solicitação de Khan ocorre após meses de genocídio israelense que deixou cerca de 33.800 palestinos mortos e 76.570 feridos na Faixa, embora o número seja maior porque o paradeiro de milhares de cidadãos, presumivelmente enterrados sob os escombros, é desconhecido.

Ambos os tribunais têm casos abertos contra Israel relacionados ao conflito em andamento no enclave palestino.(Fonte: PL)



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