crimes de guerra
Nações Unidas, 11 de junho (RHC) O Escritório de Direitos Humanos da ONU alertou hoje sobre possíveis crimes de guerra no ataque de Israel em Nuseirat, no centro de Gaza, durante uma operação para libertar quatro reféns.
O Escritório expressou preocupação com possíveis violações das regras de proporcionalidade, distinção e precaução por parte das forças israelenses na operação que deixou centenas de vítimas palestinas.
Jeremy Laurence, porta-voz do Escritório, também disse que a manutenção de reféns do Hamas em áreas densamente povoadas coloca em risco a vida de civis próximos.
As ações de ambos os lados, acrescentou, podem ser consideradas crimes de guerra.
As autoridades de saúde de Gaza informaram que 274 palestinos foram mortos durante o ataque de sábado e se estima em perto de 600 o número de feridos.
Segundo relatos, o fluxo de pacientes desde o ataque sobrecarregou os hospitais do enclave, que já estavam operando com suprimentos limitados de medicamentos, alimentos e combustível.
O Escritório de Direitos Humanos está profundamente chocado com o impacto do ataque israelense sobre os civis, acrescentou o porta-voz.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou a libertação dos reféns, mas condenou as mortes de palestinos.
Durante uma reunião na segunda-feira, seu porta-voz, Stephane Dujarric, expressou profundo pesar e condenação pela morte de centenas de civis palestinos e pelos ferimentos sofridos por outras centenas durante a operação.
"Qualquer perda de vida é uma tragédia; mais uma vez, pedimos com veemência que todas as partes priorizem a proteção dos civis que sofrem o impacto desse conflito, especialmente mulheres e crianças", acrescentou o porta-voz.
Mais de 37.000 palestinos morreram em Gaza e outros 84.800 ficaram feridos como resultado da ofensiva israelense lançada desde outubro em resposta à incursão do Hamas em seu território. (Fonte: Prensa Latina)