Protestas en Argentina
Buenos Aires, 12 de junho (RHC) Legisladores e organizações argentinas denunciaram hoje a forte operação policial e a repressão contra milhares de manifestantes que se mobilizaram perto do Congresso para rejeitar a chamada Lei Omnibus, que está sendo analisada no Senado.
Várias pessoas, incluindo pelo menos cinco deputados da Unión por la Patria, sofreram queimaduras na pele e ferimentos nos olhos devido ao gás lançado pelas forças de segurança, que também dispararam balas de borracha contra os manifestantes e prenderam mais de três pessoas.
Desde ontem à tarde o Congresso está cercado e, hoje, vários membros da Polícia de Segurança Aeroportuária, da Polícia Federal, da Gendarmaria e da Prefeitura foram mobilizados para impedir a aproximação de membros de organizações sociais, sindicais, políticas e de direitos humanos.
Da mesma forma, usaram jatos d’água contra as pessoas reunidas perto daquele lugar.
Enquanto estavam sendo reprimidos, os manifestantes cantavam o Hino Nacional e slogans como La Patria no se vende (A pátria não está à venda) e Unidad de los trabajadores (Unidade dos trabalhadores).
Denunciamos o que está acontecendo na praça. Há deputados hospitalizados e vários estão sendo tratados na ala médica por acompanharem a mobilização contra essa lei. Quando o Congresso é cercado, é porque algo feio está acontecendo lá dentro", disse a senadora Anabel Fernández de dentro.
Por sua vez, o congressista German Martínez acusou o presidente Javier Milei e a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, de serem os responsáveis pelas agressões.
A Lei Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos (Omnibus) concede poderes legislativos por um ano a Milei, sob o pretexto de declarar uma emergência pública em questões administrativas, econômicas, financeiras e energéticas.
Também prevê a reforma do Estado, a privatização de empresas públicas, a modificação dos sistemas trabalhista e de previdência social, entre outras medidas.
Igualmente, estabelece um projeto de Regime de Incentivos para Grandes Investimentos, que oferece benefícios alfandegários, fiscais, cambiais, regulatórios e ambientais para grandes capitais, em sua maioria estrangeiros. (Fonte: Cubadebate)