Líderes do G7 aprovam financiar Kiev com ativos russos

Editado por Irene Fait
2024-06-13 19:41:00

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Imagen: Prensa Latina.

Roma, 13 de junho (RHC) Os líderes do Grupo dos Sete (G7) aprovaram, durante a cúpula que começou hoje na Itália, destinar cerca de 46 bilhões de euros à Ucrânia por meio de um empréstimo financiado com juros de ativos russos congelados na Europa.

Um comunicado divulgado pela Presidência do Conselho de Ministros cita declarações da chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, que após concluir o primeiro dia de trabalho no evento destacou em particular o acordo político para estender o apoio a Kiev na guerra contra Moscou, com a alocação desses fundos.

A primeira-ministra ressaltou que esses recursos financeiros serão entregues ao governo ucraniano antes do final do ano, "graças a um mecanismo de empréstimo para cujo reembolso poderão se utilizar os benefícios adicionais decorrentes dos ativos russos congelados em nossas jurisdições".

Dadas as brechas legais e a probabilidade de uma resposta russa a essa ação, que foi decidida em uma sessão na qual o presidente ucraniano Vladimir Zelenski discursou, Meloni justificou que "claramente não estamos falando de um confisco desses ativos, mas dos juros que se acumulam ao longo do tempo".

Trata-se, ressaltou, de "um passo político fundamental que terá de ser definido rapidamente do ponto de vista técnico, levando em conta o quadro de referência já adotado em nível da União Europeia (UE)".

Neste dia da cúpula, que está sendo realizada no hotel Borgo Egnazia, na região sul da Puglia, o conflito no Oriente Médio também foi discutido e, a esse respeito, a líder italiana confirmou "o apoio unânime à proposta de mediação dos EUA para um cessar-fogo imediato em Gaza".

O G7 mantém sua posição com o objetivo de tentar evitar uma escalada na região e alcançar uma solução política com a perspectiva de uma solução de dois povos e dois Estados, disse.

O fórum conta com a presença dos principais representantes das nações do G7, incluindo os presidentes dos Estados Unidos e da França, Joe Biden e Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz, bem como os primeiros-ministros do Reino Unido, Japão, Canadá e Itália, Rishi Sunak, Fumio Kishida, Justin Trudeau e Meloni, como anfitrião.

Da mesma forma, estão presentes os presidentes do Conselho e da Comissão da UE, Charles Michel e Ursula von der Leyen, respectivamente, bem como o chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella.

Como convidados participam o papa Francisco, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e os líderes da Argélia, Argentina, Brasil, Tunísia, Turquia, Quênia, Emirados Árabes Unidos, Ucrânia, Jordânia, Mauritânia e Índia.

Também os presidentes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, do Banco Mundial, do Banco Africano de Desenvolvimento e a diretora do Fundo Monetário Internacional.

"Amanhã à tarde aprovaremos as conclusões da cúpula, sobre as quais já existe um consenso entre os líderes", anunciou Meloni, que divulgará a Declaração Final do evento durante uma coletiva de imprensa na tarde de sábado, 15 de junho. (Fonte: PL)



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