Trabalhadores da ONU advertem sobre cenário apocalíptico no norte de Gaza

Editado por Irene Fait
2024-07-01 18:43:19

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Nações Unidas, 01 de julho (RHC) Trabalhadores humanitários das Nações Unidas descreveram como apocalíptica a situação na Cidade de Gaza, no norte do enclave, onde mais de 84.000 pessoas fugiram recentemente de suas casas.

Louise Wateridge, representante da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), disse que o êxodo coincide com o aumento dos bombardeios israelenses no leste da cidade, enquanto vários tanques foram identificados a poucos metros de distância.

"A maioria das pessoas perdeu todas ou parte de suas casas e está fugindo com pouquíssimos pertences, essencialmente o que podem carregar nas mãos", disse ela ao site de notícias da ONU.

Wateridge citou depoimentos de palestinos preocupados com o início de uma fome provocada.

Os deslocados são forçados a se alimentar com folhas de árvores ou têm apenas farinha para sobreviver.

"Mulheres grávidas e pessoas com deficiência estão entre as mais vulneráveis, pois não podem se mover facilmente durante o deslocamento forçado, além da grande preocupação com milhares de crianças desacompanhadas e separadas", disse.

A Unrwa expressou preocupação com a falta de combustível, de ajuda e segurança para sustentar suas operações, consideradas as mais importantes para os palestinos deslocados.

A agência alertou sobre as dificuldades para sua equipe em geral, "que está lutando para sobreviver durante esta guerra".

De acordo com a ONU, enquanto a passagem de Rafah permanecer fechada, é impossível coletar ajuda humanitária na passagem de Kerem Shalom para distribuição dentro de Gaza devido à falta de lei, ordem e segurança, bem como às hostilidades contínuas, estradas danificadas, falta de combustível e restrições de acesso.

Durante todo o mês de junho, as autoridades israelenses permitiram menos da metade das 115 missões de assistência humanitária planejadas para o norte de Gaza.

Mais de um terço foi impedido; quase 10% tiveram acesso negado; e cerca de 9% foram canceladas por motivos logísticos, operacionais ou de segurança, confirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral António Guterres, na segunda-feira. (Fonte: Prensa Latina)



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