Quênia abalado por protestos contra o alto custo de vida

Editado por Irene Fait
2024-07-02 18:14:13

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

gangues no Quênia

Nairóbi, 02 de julho (RHC) Manifestações maciças, reprimidas pela polícia com o uso de gás lacrimogêneo, ocorreram na terça-feira na capital do Quênia contra as atuais políticas do governo e o alto custo de vida, informou a mídia televisiva.

Nas manifestações, nas quais foram registradas prisões, os manifestantes bloquearam ruas e avenidas, exigindo que o Executivo não aprovasse finalmente o Projeto de Lei de Finanças 2024, que já foi rejeitado pelo presidente, Willian Ruto, sob forte pressão popular.

Essa proposta, imposta por instituições financeiras como o Fundo Monetário Internacional, contemplava a arrecadação de 2,7 bilhões de dólares, em meio às condições de vida empobrecidas da população, denunciaram organizações humanitárias.

O movimento cívico de protesto, formado principalmente por jovens, agora também está denunciando a corrupção administrativa e o desgoverno, exigindo até mesmo a renúncia do Presidente Ruto.

Da mesma forma, estão pedindo que as autoridades judiciais processem os responsáveis pela morte de 39 manifestantes durante os confrontos com a polícia desde 18 de junho passado.

De acordo com a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia, o número de feridos subiu para 361, e 627 pessoas foram presas.

Analistas econômicos, citados pelo portal on-line The Nation, associam os protestos aos problemas financeiros que estão causando crescimento econômico lento, desemprego, redução dos níveis de renda, investimento e um padrão de vida baixo.

Para aliviar parcialmente a situação, Ruto disse em 1º de julho que tentará atender às demandas, incluindo a redução dos custos administrativos e dos escritórios do governo.

Enquanto isso, em Nairóbi, a capital, e outras cidades, as escolas permanecem fechadas, em meio a temores de que, no calor das manifestações, possa haver novos surtos de violência, como o recente ataque ao parlamento nacional, igrejas e outras instalações, por supostos elementos infiltrados nos grupos de manifestantes. (Fonte: PL)



Comentários


Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Não será publicado
captcha challenge
up