Venezuela: Violência deixa 25 mortos e 192 feridos no final de julho

Editado por Irene Fait
2024-08-13 10:48:24

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Foto: La Nación

Havana, 13 agosto (RHC) O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou na segunda-feira em Caracas que 25 pessoas morreram no país durante os atos violentos realizados pela ultradireita e seus comandinhos nos dias 29 e 30 de julho.

Em uma declaração ao Conselho de Defesa Nacional e ao Conselho de Estado, Saab disse que 192 cidadãos foram feridos com armas de fogo, objetos contundentes e bombas incendiárias.

Saab destacou que 84% das mortes ocorreram durante esses dois dias de destruição e violência e afirmou que, após as investigações, "as mortes podem ser atribuídas aos grupos criminosos instrumentalizados pelos mal chamados comanditos (comandinhos)".

Falou que esses líderes querem imitar a Ku Klux Klan (grupos norte-americanos que promovem atos de racismo, xenofobia e antissemitismo, além de homofobia, anticatolicismo e anticomunismo) e destacou que o estado de Aragua (centro-norte) e a área metropolitana de Caracas tiveram o maior número de mortes, com sete cada.

Em outras regiões como Bolívar (centro-sul), Yaracuy (noroeste), Nueva Esparta (norte - Ilha Margarita), Lara (noroeste), Miranda (norte), Táchira (sudoeste) e Zulia (noroeste) também houve crimes.

Detalhou que houve 17 homicídios (68%) e que eles ocorreram entre 18h e 22h, horário local.

Com relação aos feridos, comentou que 97 são membros das forças de segurança do Estado, incluindo 58 membros da Polícia Nacional, 32 da Guarda Nacional Bolivariana, seis são policiais estaduais e um pertence ao Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalistas.

Da mesma forma, destacou que, devido a esses ataques de grupos violentos, 21 escolas primárias foram danificadas, sete pré-escolas, 34 escolas secundárias e 12 universidades, bem como 10 sedes do Conselho Nacional Eleitoral e o mesmo número de centros do Partido Socialista Unido, alguns deles com pessoas dentro.

Como parte da agressão, a sede principal do Ministério da Habitação também foi atacada, assim como vários gabinetes de prefeitos, 11 estações de metrô de Caracas, um trem no estado de Valência (norte) e 38 ônibus.

Também foram destruídos 12 carros de patrulha da polícia e 15 motocicletas pertencentes às forças de segurança; seis Centros de Diagnóstico Integral, um centro de saúde, 30 clínicas, uma farmácia móvel, seis depósitos de alimentos, 10 quartéis-generais de comando da polícia e uma estação de rádio, entre outros danos.

O procurador-geral da Venezuela anunciou que, de 28 de julho até o momento, foram realizadas 686 investigações, das quais 532 são de natureza criminalística e outras 92 forenses, enquanto cinco promotores com jurisdição nacional foram nomeados para realizar as investigações.

A vice-presidente executiva Delcy Rodríguez revelou que 59% dos atos violentos foram praticados por jovens entre 15 e 29 anos, enquanto 76,2% dos crimes ocorreram durante manifestações violentas e 9,5% envolveram pessoas próximas aos atos terroristas. (Fonte: Prensa Latina)



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