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Havana, 09 de setembro (RHC) Os delegados da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) em Buenos Aires se reúnem hoje para definir ações de protesto diante da intenção do governo argentino de congelar os salários da administração pública.
Em comunicado, a organização denunciou que o governo de Javier Milei propôs um aumento de apenas 2% em agosto e 1% em setembro, além de não planejar conceder novos aumentos até o final do ano.
As tarifas de transporte e os serviços públicos continuam a subir. O processo inflacionário está estagnado em níveis elevados e as reservas estão caindo à custa do consumo inexistente dos setores populares.
Mais de 1,5 milhão de crianças deixam de fazer uma refeição por dia e os idosos não podem pagar por seus remédios: a escolha é ser curado ou comer, diz o texto.
Além disso, ATE Capital condena "o esvaziamento do Estado e a falsa ideia de que o governo está lutando contra a chamada casta, enquanto a concentração de riqueza está aumentando nas mãos dos mais poderosos".
"A sociedade argentina está agonizando. Tudo está de pernas para o ar, não apenas em termos de salários. As pequenas e médias empresas estão caindo como moscas e a Ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, deve ser responsabilizada perante os tribunais", disse o secretário-geral desse grupo, Daniel Catalano.
Se o governo congelar os salários, aumentará a fome dos trabalhadores que não aguentam mais, em contexto de consumo mínimo e acúmulo de dívidas. Se tomar essa decisão, haverá luta, haverá mobilização, greve em setores estratégicos, e organização sindical de pé em todos os ministérios, assegurou. (Fonte: Prensa Latina)