Foto: Carmen Esquivel
Havana, 11 de setembro (RHC) Com homenagens às vítimas da ditadura e apelos à busca de presos desaparecidos, os chilenos recordaram hoje o 51º aniversário do golpe de Estado contra o governo da Unidade Popular.
Em 11 de setembro de 1973, tanques e aviões militares atacaram o Palácio La Moneda e outros edifícios e derrubaram o governo do presidente Salvador Allende.
Augusto Pinochet, que na época era comandante-chefe do exército, liderou o golpe que deu início a uma ditadura de 17 anos, durante a qual foram cometidos mais de 40.000 crimes contra a humanidade, incluindo tortura, assassinatos e desaparecimentos.
Cinquenta e um anos depois, ainda há mais de 1.100 pessoas cujo paradeiro é desconhecido.
Sob o slogan "Anos de impunidade não silenciarão nossos gritos por justiça", o Partido e a Juventude Comunista convocaram uma marcha para esta quarta-feira da Avenida La Alameda até o monumento ao ex-presidente, na Plaza de la Constitución.
"Eu não vou renunciar, pagarei com minha vida pela lealdade do povo... Continuem sabendo que, mais cedo ou mais tarde, as grandes alamedas se abrirão novamente para que o homem livre passe a construir uma sociedade melhor", disse o ex-presidente em seu último discurso.
Uma cerimônia presidida por Gabriel Boric será realizada no Patio de los Naranjos da sede presidencial, com a participação de autoridades governamentais, parlamentares e parentes de presos políticos desaparecidos e executados, entre outros convidados. (Fonte: Prensa Latina)