Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 26 de setembro (RHC) Venezuela reivindicou na quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU em Nova York, o direito de defender sua soberania diante do assédio desencadeado após as eleições presidenciais de 28 de julho e dos planos para desestabilizar o governo democraticamente eleito pelo povo.
Ao discursar na 79ª sessão desse fórum, o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, garantiu que em seu país "reina a paz social" graças à firmeza do povo e apesar das operações abertas e secretas dos Estados Unidos como parte da chamada política de "pressão máxima".
Denunciou que a campanha de desinformação apoiada pela oligarquia venezuelana para desrespeitar as leis e as instituições gerou violência criminosa que resultou em 27 mortes, centenas de feridos e a destruição de propriedades públicas e privadas.
Da mesma forma, acusou Washington de planejar ataques terroristas contra autoridades e instalações públicas da República Bolivariana, e usar as redes sociais para promover incursões mercenárias.
Gil também alertou sobre o ressurgimento no mundo do fascismo, do nazismo e das correntes políticas de imposição e dominação que promovem a supremacia branca, o racismo, a xenofobia e outras expressões discriminatórias.
E advertiu sobre a impossibilidade de avançar em direção à paz duradoura e à segurança global enquanto "o imperialismo mantiver a ONU como refém" e violar a Carta da ONU com a intenção de "criar tensões, fabricar conflitos e colocar os povos uns contra os outros".
Com relação à disputa territorial com a Guiana, o ministro das Relações Exteriores convidou Georgetown a demonstrar seu compromisso com a busca de uma solução negociada para a discórdia, mas defendeu a vontade de Caracas de recuperar o território roubado pelo Reino Unido no século XIX.
Em outro trecho da fala, repudiou o genocídio de Israel na Palestina e alertou sobre sua pretensão de "exportar seu ódio e destruição para uma região inteira, bombardeando e matando pessoas inocentes no Líbano, na Síria e tentando desestabilizar a República Islâmica do Irã", o que ameaça a humanidade e a paz mundial.
Também expressou preocupação com a potencial expansão da OTAN com a instalação de bases militares na Argentina e no Equador, e defendeu o direito à autodeterminação dos povos do Saara Ocidental, Porto Rico, Nova Caledônia, Polinésia Francesa, Bonaire e outros territórios (Fonte: Prensa Latina).