Foto: Prensa Latina
Havana, 06 de novembro (RHC) A Autoridade Palestina de Qualidade Ambiental denunciou que Israel lançou mais de 85.000 toneladas de bombas na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, uma quantidade que supera as lançadas na Segunda Guerra Mundial.
O bombardeio contínuo do exército de ocupação causou a destruição de vastas áreas de terras agrícolas e a contaminação do solo com produtos químicos tóxicos que dificultam a agricultura por décadas, disse um comunicado emitido por ocasião do Dia Mundial de Prevenção do Uso do Meio Ambiente na Guerra e em Conflitos Militares.
O ocupante utilizou todos os tipos de armas e mísseis em sua agressão, em particular o fósforo branco, proibido pelo direito internacional pela Convenção de Armas Convencionais da ONU, causando sérios danos ambientais que ameaçam a vida humana e os organismos vivos, explicou a Autoridade em sua declaração.
Da mesma forma, se referiu aos danos à infraestrutura das fontes de água causados pelo vazamento de água contaminada nas bacias de água subterrânea, o prenúncio de uma catástrofe ambiental e de saúde que ameaça centenas de milhares de residentes pelas próximas gerações.
Com relação à Cisjordânia, a Agência afirma que os assentamentos israelenses e o treinamento militar do exército de ocupação representam um grande perigo para o meio ambiente palestino, já que grandes áreas de terra estão expostas a confisco, demolição, desmatamento e pastoreio excessivo.
Os resíduos resultantes das manobras militares causam danos às fontes de água e poluição do ar e, ao mesmo tempo, estima-se que os assentamentos bombeiem anualmente cerca de 40 milhões de metros cúbicos de esgoto bruto para o território palestino.
Pediu à ONU e à comunidade internacional que tomassem medidas urgentes para interromper a agressão contínua e impedir a exploração do meio ambiente para fins militares.
Pediu, também, a documentação das violações ambientais que estão ocorrendo no território palestino, pois os danos ambientais causados constituem um grave perigo para a saúde da população e uma ameaça ao futuro de toda a região.
A proteção do meio ambiente não é apenas uma questão marginal, mas um direito fundamental vinculado ao direito a um ambiente limpo, seguro e livre de poluição, e qualquer negligência ou descuido desse direito expõe a humanidade a consequências catastróficas que ameaçam a sustentabilidade ambiental, concluiu a instituição em seu comunicado. (Fonte: Prensa Latina)