EUA vetam outro projeto de resolução para o cessar-fogo em Gaza

Editado por Irene Fait
2024-11-20 17:18:41

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Foto: @NoticiasONU

Nações Unidas, 20 de novembro (RHC) A delegação dos Estados Unidos vetou na quarta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, um projeto de resolução que pedia cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza.

A proposta, apresentada pela Guiana em nome dos dez membros não permanentes do órgão, recebeu 14 votos a favor. A representação dos EUA - que já obstruiu várias propostas de cessar-fogo - justificou a decisão com a suposta falta de um vínculo entre o rascunho e a libertação imediata das pessoas detidas pelo Hamas em outubro de 2023.

No entanto, a proposta exige cessar-fogo imediato, incondicional e permanente a ser respeitado por todas as partes e reclama a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

Da mesma forma, exige retirada militar israelense completa de Gaza, permitindo o repovoamento de todas as áreas da Faixa.

Á diferença dos cinco membros permanentes - EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França - os membros eleitos não têm poder de veto.

Após mais de 400 dias de conflito, o Conselho mal conseguiu aprovar quatro resoluções sobre o assunto, com pouco ou nenhum efeito.

A esperada votação coincidiu com o terceiro dia consecutivo de debate sobre a situação em Gaza, onde a população do norte está lutando para permanecer viva depois de mais de 40 dias sem assistência.

"Todas as tentativas da ONU de prestar assistência à população nas áreas sitiadas do norte de Gaza foram negadas ou impedidas", disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, a repórteres na terça-feira.

Como resultado, padarias e cozinhas na província de Gaza Norte foram fechadas, o apoio nutricional foi suspenso e o abastecimento de água foi completamente bloqueado.

Os contínuos obstáculos à ajuda estão aumentando ainda mais o risco de fome, depois que os especialistas pediram "ação imediata em questão de dias, não de semanas" para evitar sua propagação.

"Como já dissemos várias vezes, a solução está em abrir mais pontos de entrada em Gaza e permitir o uso de mais rotas internas", insistiu Dujarric.

Ambas as medidas exigem a intervenção das autoridades israelenses, ressaltou.



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