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Havana, 25 novembro (RHC) O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, terminou em tempo recorde a nomeação dos 15 principais cargos do futuro gabinete, mas há pedras no caminho que incomodam.
É o caso de Pete Hegseth, um ex-apresentador da Fox escolhido pelo republicano para chefiar o Departamento de Defesa (Pentágono), que enfrenta uma difícil confirmação no Senado.
Hegseth, veterano do exército, terá de aliviar as preocupações com relação a acusações de agressão sexual, cujos detalhes gráficos surgiram em relatório policial divulgado na quarta-feira.
Seu status sem precedentes à frente de uma agência importante também está sendo investigado, informou o jornal The Hill.
Embora nenhum senador republicano tenha se oposto abertamente a Hegseth, basta que quatro legisladores republicanos votem junto com os democratas em oposição à indicação para afundar suas chances.
O primeiro fracasso com um de seus indicados foi o ex-representante republicano da Flórida, Matt Gaetz, que Trump queria para procurador-geral, mas a avalanche de comentários adversos foi tamanha que o próprio indicado renunciou.
Trump imediatamente apresentou uma substituta: Pam Bondi, uma ex-procuradora-geral também da Flórida.
A nomeação fracassada de Gaetz é um indício de que, mesmo com maioria republicana em ambas as casas do Congresso no próximo ano, o segundo governo Trump pode não conseguir tudo o que pretende com as polêmicas escolhas para o gabinete.
A senadora do Alasca, Lisa Murkowski, falou que pedirá uma revisão minuciosa dessas indicações, porque "é o que todos deveriam estar fazendo" para "ver o que o novo ministro traz".
Murkowski é uma das poucas republicanas moderadas que restam na Câmara Alta. Ela se opôs com mais frequência a Trump em seu primeiro mandato e disse que não votaria nele em 2016, 2020 ou 2024, lembrou o jornal.
Foi, também, uma dos sete senadores republicanos que votaram em condenar Trump por seu papel no ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.
Tanto Gaetz quanto Hegseth arrastam acusações de má conduta sexual e são considerados inaptos para o cargo. (Fonte: Prensa Latina)