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Washington, 11 de dezembro (RHC) O secretário de Estado, Antony Blinken, foi interrompido na quarta-feira por manifestantes pró-palestinos enquanto prestava depoimento perante o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA sobre a retirada do Afeganistão em 2021.
Pelo menos três pessoas foram retiradas da sala pela polícia, duas delas quando gritaram a palavra “genocídio” ao chefe da diplomacia dos EUA no instante em que começou a falar.
Blinken defendeu a maneira em que o governo Joe Biden lidou com a questão, disse que o acordo de retirada que Donald Trump negociou com o Talibã antes de deixar o cargo em janeiro de 2021 não deixou nenhuma alternativa viável.
Blinken se dirigiu às famílias dos militares mortos na retirada e pediu desculpas.
"Esse evento catastrófico foi o início de uma política externa fracassada que incendiou o mundo", falou previamente o presidente do painel, Michael McCaul, do Texas, em sua declaração.
O comitê divulgou um longo relatório em setembro passado sobre uma investigação de anos sobre a retirada das tropas do Afeganistão e acusou o governo Biden de enganar os norte-americanos sobre o fim da guerra de duas décadas.
No ano passado, a Casa Branca divulgou seu próprio resumo de 12 páginas de uma análise confidencial da saída do Afeganistão, que culpou em boa medida o governo Trump pelo acordo com o Talibã.
No final, após 20 anos de ocupação militar naquele país, os EUA deixaram o Talibã no poder, o mesmo Talibã que foram derrubar em nome da cruzada contra o terror em 2001. Biden se comprometeu a encerrar a presença de tropas no país durante seu mandato.
Uma foto divulgada pelo Pentágono do último soldado embarcando em um avião militar encerrou um capítulo da história recente dos EUA que o documentarista Michael Moore descreveu como "outra guerra perdida" para os Estados Unidos. (PL)