Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 15 janeiro (RHC) O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil está preparando o julgamento dos instigadores e mentores da tentativa de golpe que em 8 de janeiro completou dois anos.
Naquela data de 2023, marcada em preto na história nacional, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, insatisfeitos com o resultado das eleições do ano anterior, invadiram e saquearam o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
De acordo com a revista online Consultor Jurídico, desde então, 898 réus foram responsabilizados criminalmente e, até o momento, o Supremo Tribunal Federal tem se concentrado nos executores da tentativa de golpe, não nos instigadores e mentores dos atos antidemocráticos, o que deveria mudar em 2025.
Quinze inquéritos foram instaurados na alta corte para apurar a conduta daqueles que executaram, incentivaram e financiaram os episódios de golpe.
A tendência, segundo ministros consultados pela publicação, é que as investigações da Polícia Federal (PF) sejam concluídas e a Procuradoria Geral da República apresente denúncias contra os mentores da trama, que devem começar a ser analisadas ainda este ano.
Bolsonaro, membros de seu governo (2019-2022) e empresários estão entre os que podem ser julgados criminalmente em 2025.
O julgamento deve ser feito pela primeira instância, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Em novembro de 2024, um dia após o atentado à bomba em frente ao STF, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do tribunal, afirmou que as investigações estavam em fase de conclusão.
A democracia amadureceu depois de ser atacada por uma campanha de permanente descrédito das instituições e falsas acusações de fraude eleitoral, disse recentemente à revista o Ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal.
O sistema judicial brasileiro foi essencial para demonstrar que a democracia resistiu ao avanço populista, extremista e autoritário, observou. (Fonte: Prensa Latina)