Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 16 de janeiro (RHC) Depois de 15 meses de morte e destruição, os moradores da Faixa de Gaza amanheceram hoje com a esperança do fim da guerra após o acordo de cessar-fogo de seis semanas entre o Hamas e Israel.
Quarta-feira à noite, houve comemorações em todo o enclave costeiro após o anúncio da trégua, que entrará em vigor no próximo domingo. Gritos de "Deus é grande" se espalharam por Gaza após a divulgação da notícia.
Estações de televisão regionais, como a Al Jazeera, mostraram os festejos dos palestinos no território, que foi destruído por operações terrestres e bombardeios israelenses.
Mais de 46.000 pessoas morreram e 109.000 ficaram feridas desde 7 de outubro de 2023, quando o novo ciclo de violência começou após o ataque do Hamas ao país vizinho.
"Nossos sentimentos são uma mistura de alegria, medo e ansiedade, alegria pelo fim de um pesadelo, medo do que está por vir, não sabemos o que está por vir, e alívio após o fim da tragédia", disse um cidadão de Gaza à agência de notícias Safa.
É verdade que nossa alegria é muito grande, mas também nossa tristeza, disse Noura Deeb, uma pessoa deslocada da região norte.
"A alegria pela trégua é grande, mas sentimos falta de nossos parentes que morreram pelas bombas israelenses”, concordou Ola Sukkar.
O acordo prevê: a soltura de mais de mil prisioneiros palestinos para 33 israelenses, a maioria viva, colocados em liberdade na primeira fase, que terá uma duração de seis semanas.
Além disso, os palestinos deslocados poderão retornar ao norte de Gaza, uma área devastada pelo conflito.
Até o momento, porém, há diferentes versões sobre a permanência das tropas israelenses.
Emissoras de televisão árabes afirmam que os soldados deixarão toda a região, incluindo os corredores Filadelfia e Netzarin. Em troca, fontes israelenses negam essas afirmações e dizem que será uma evacuação parcial, embora extensa. O Canal 12 informou que as negociações sobre a segunda fase começarão no 16º dia da entrada em vigor do cessar-fogo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos.
Hamas exige a retirada total das forças de ocupação e o fim da guerra para entregar os prisioneiros israelenses restantes na segunda e terceira fases, e a reconstrução do enclave. (Fonte: Prensa Latina)
