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Cidade do Vaticano, 19 janeiro (RHC) Após a entrada em vigor do cessar-fogo em Gaza, no domingo, o Papa Francisco expressou seu desejo de que a reconciliação e a paz permanente possam ser alcançadas no conflito entre Israel e Palestina.

Em suas palavras após a oração do Ângelus, pronunciada ao meio-dia da janela de seu estudio no Palácio Apostólico do Vaticano diante de mais de 20 mil fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre se referiu a esta trégua, que começou na manhã de domingo e deve durar seis semanas em sua primeira fase.

O papa agradeceu a todos os mediadores que tornaram possível o acordo de cessar-fogo e, em geral, "a todas as partes envolvidas nessa importante conquista", que pôs fim aos ataques de Tel Aviv à Faixa de Gaza, onde mais de 46.500 palestinos morreram,.

"Espero que o acordo seja respeitado imediatamente pelas partes e que todos os reféns possam finalmente voltar para casa", e que "a ajuda humanitária chegue ao povo de Gaza ainda mais rapidamente e em maior quantidade, já que é urgentemente necessária", disse Francisco.

O Santo Padre também expressou sua esperança de que as autoridades políticas de Israel e da Palestina, com a ajuda da comunidade internacional, "consigam chegar à solução apropriada para os dois Estados" e pediu "a todos que digam sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz".

O acordo assinado entre Israel e o Hamas em 15 de janeiro na capital do Catar, com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, prevê na primeira fase, de seis semanas de duração, a colocação em liberdade de 1.904 presos palestinos em troca de 33 israelenses.

Está prevista a retirada israelense das áreas povoadas do enclave costeiro, incluindo o chamado eixo Netzarin, que corta a Faixa em duas, e o retorno de centenas de milhares de pessoas deslocadas.

Da mesma forma, foi acertado permitir a entrada de 600 caminhões de mercadorias vitais na Faixa de Gaza, onde a população está enfrentando uma grave crise humanitária como resultado de 15 meses de guerra, destruição e mortes causadas pelo bombardeio israelense.

Em sua segunda fase, o pacto prevê negociações para uma paz abrangente e sustentável, com uma troca adicional de prisioneiros e a retirada completa das forças de Tel Aviv da Faixa de Gaza, embora membros do governo israelense insistam em retomar os ataques após a trégua se o Hamas continuar no poder no enclave costeiro. (Fonte: Prensa Latina).