Foto de arquivo
Havana, 25 janeiro (RHC) O número de pessoas deslocadas pela violência que conturba a região de Catatumbo, no nordeste da Colômbia, continua aumentando, e já há mais de 40 mil, segundo estimativas oficiais.
De acordo com os dados do Posto de Comando Unificado criado para lidar com a emergência, em Cúcuta, a capital do departamento de Norte de Santander, há cerca de 20.000 pessoas que buscaram refúgio lá por causa do conflito entre grupos armados.
A cidade de Ocaña recebeu 10.719, e Tibú, 10.482. Em outras cidades vizinhas, como Bucaramanga, também chegaram famílias, e sabe-se que centenas de colombianos se mudaram para a Venezuela.
O número de pessoas deslocadas tem aumentado constantemente nos últimos dez dias devido aos combates na região de Catatumbo entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e a Estrutura 33, um grupo residual das extintas Forças Armadas Revolucionárias - Exército do Povo (FARC-EP).
Os confrontos também deixaram um saldo de aproximadamente 80 mortos, seis dos quais são signatários da paz, de acordo com dados preliminares das autoridades do Norte de Santander, e também há relatos de sequestros e desaparecimentos.
Devido à situação, o presidente colombiano Gustavo Petro e seu gabinete ministerial assinaram o decreto 0062, declarando estado de comoção interna na região de Catatumbo.
Declarada a emergência, com base nos poderes constitucionais, o executivo passa a ter poderes para “emitir decretos legislativos a fim de superar as causas da perturbação da ordem pública e impedir a extensão de seus efeitos, para o que poderá, entre outras coisas, suspender leis incompatíveis com este estado de emergência”. (Fonte: Prensa Latina)