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Havana, 27 de janeiro (RHC) O governo, os partidos e as instituições palestinas condenaram o deslocamento da população da Faixa de Gaza, em meio a temores de um plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O plano do presidente de enviar os habitantes de Gaza para o Egito e a Jordânia, seja por um período curto ou longo, foi denunciado nos territórios ocupados e também questionado pelo Cairo e Amã.
A presidência palestina rejeitou e condenou veementemente qualquer movimento para deslocar o povo de Gaza, o que “constitui uma transgressão das linhas vermelhas contra as quais temos repetidamente alertado”.
Não permitiremos a repetição das calamidades que sofremos em 1948 e 1967, afirma em comunicado, referindo-se aos anos da fundação de Israel e à chamada Guerra dos Seis Dias.
Agradeceu ao Egito e à Jordânia por suas posições contra o êxodo da população do enclave costeiro.
O chefe do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, também rejeitou o plano de Trump.
O Comitê Central do movimento governista Fatah denunciou o plano de Trump e o instou a trabalhar para manter a trégua alcançada e fornecer ajuda à população da Faixa.
Por sua vez, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) exortou o governo republicano a engavetar a iniciativa, lembrando que a mesma está em consonância com os desejos do governo de Benjamin Netanyahu.
A Casa Branca deve trabalhar para que nosso povo conquiste sua liberdade e estabeleça um Estado independente com Jerusalém como sua capital, estimou.
Samir Abu Mudallala, membro do Bureau Político da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, falou a mesma coisa.
Nossos compatriotas lá não são rebanhos de ovelhas. São levados de um lugar para outro, sem nenhuma consideração por sua humanidade ou seus direitos legítimos, denunciou. (Fonte: Prensa Latina)