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Havana, 05 de fevereiro (RHC) O governo palestino, partidos e personalidades, liderados pelo presidente Mahmoud Abbas, rejeitaram em termos duros os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de se apoderar de Gaza e expulsar seus habitantes.
Não permitiremos que os direitos de nosso povo, pelos quais lutamos durante décadas com grandes sacrifícios, sejam violados, advertiu o chefe de Estado palestino em comunicado.
Abbas considerou os recentes comentários de Trump como uma grave violação do direito internacional.
A paz e a estabilidade no Oriente Médio só serão alcançadas com o estabelecimento de um Estado palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital, enfatizou.
Nunca abriremos mão de nossas terras, nossos direitos e nossos lugares sagrados, enfatizou, observando que o enclave costeiro é território palestino, juntamente com a Cisjordânia.
Em resposta aos comentários de Trump, Abbas pediu ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que assumisse suas responsabilidades e cumprisse as resoluções do Conselho de Segurança sobre a questão palestina.
O secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, Hussein Al-Sheikh, fez uma declaração semelhante, rejeitando os pedidos de deslocamento dos habitantes de Gaza.
Enquanto isso, o Conselho Nacional Palestino descreveu as observações do presidente dos EUA como perigosas.
“Tais comentários são incompatíveis com a lei internacional e, portanto, rejeitamos qualquer tentativa de expulsar nossos compatriotas", afirmou em comunicado.
"Tomaremos Gaza, vamos arrasá-la até o chão, limparemos as casas e as bombas. É uma ótima ideia", disse Trump em uma coletiva de imprensa em Washington com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Da mesma forma, defendeu a expulsão da população do território. Eles precisam ir para outro lugar, insistiu.
Isso é ridículo e absurdo, respondeu Sami Abu Zuhri, líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Qualquer ideia semelhante poderia inflamar o Oriente Médio, advertiu Abu Zuhri, em meio à crescente agitação na região.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, que denunciou os planos de deportação, fez uma declaração semelhante.
Por sua vez, o Jihad Islâmico descreveu os comentários de Trump como arrogantes, racistas, cobertos de falso humanismo. (Fonte: Prensa Latina)