Lula afirma que Brasil vai reagir contra taxações de Trump

Editado por Irene Fait
2025-02-14 17:12:22

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Foto: PL

Brasília, 14 fevereiro (RHC) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou na sexta-feira que o Brasil aplicará o princípio da reciprocidade caso seu colega norte-americano, Donald Trump, aumente as tarifas de importação do país.

"Eu ouvi dizer que ele vai taxar o aço brasileiro. Se ele taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar na Organização (Mundial) do Comércio (OMC) ou vamos taxar os produtos que importamos deles", declarou Lula durante entrevista à Rádio Clube, no Pará.

O presidente brasileiro ressaltou que não vê razão para o país buscar disputas com quem não precisa. "Agora, se você tiver qualquer atitude com o Brasil, vai haver reciprocidade. Não há dúvida, haverá reciprocidade do Brasil em qualquer atitude que tiver contra o Brasil", observou.

Trump prometeu aplicar tarifas abrangentes a vários países com superávits comerciais com os Estados Unidos, como a China, e até mesmo a parceiros mais próximos, como o México e o Canadá.

Ele também anunciou um imposto de 25% sobre as importações de aço e alumínio, cancelando isenções e cotas isentas para os principais fornecedores, incluindo o Brasil.

Lula ressaltou, no entanto, que os Estados Unidos têm um superávit comercial com o Brasil, o que significa que eles vendem mais bens e serviços do que compram.

"A relação do Brasil com os Estados Unidos é uma relação muito igualitária. Em outras palavras, eles importam US$ 40 bilhões de nós, e nós importamos US$ 45 bilhões deles", disse.

Portanto, continuou, "o Brasil não tem disputas internacionais, queremos paz e tranquilidade. Olha, se o Trump se comportar assim com o Brasil, eu vou me comportar assim com os Estados Unidos", reafirmou.

Além disso, Trump anunciou na quinta-feira a aplicação de tarifas recíprocas contra qualquer país que impuser taxas sobre as importações dos EUA.

De acordo com a Casa Branca, as tarifas podem começar a ser impostas dentro de semanas, enquanto a equipe comercial e econômica do executivo estuda as tarifas bilaterais e as relações comerciais.

O governo dos EUA fará uma análise país por país, esses estudos devem ser concluídos até 1º de abril.

Em vista disso, os membros da equipe econômica do governo Lula estão cautelosos em relação às novidades do republicano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não tem motivos para temer as medidas, citando também a balança comercial é favorável aos EUA.

Haddad indicou que o governo brasileiro não vai se manifestar e aguardará para ver "o que é concreto, efetivo" e avaliará "como essa história vai terminar".



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