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Havana, 03 abril (RHC) O ministério do Comércio da China expressou hoje sua firme oposição à decisão dos EUA de impor tarifas "recíprocas" a seus parceiros comerciais e prometeu contramedidas para proteger seus interesses.
De acordo com a declaração, a justificativa de Washington, baseada em um suposto desequilíbrio comercial, ignora os resultados de décadas de negociações multilaterais que estabeleceram um equilíbrio de benefícios no comércio internacional.
A posição dos EUA, baseada em uma avaliação subjetiva e unilateral, não está em conformidade com as normas globais e prejudica os direitos e interesses legítimos de seus parceiros comerciais, acrescentou.
Várias nações rejeitaram categoricamente essa medida, chamando-a de prática unilateral e abusiva.
Pequim observou que, historicamente, o aumento das tarifas não resolveu os problemas internos dos EUA, pelo contrário, afetou seus próprios interesses colocando em risco o desenvolvimento econômico global e a estabilidade das cadeias de produção e fornecimento.
"Uma guerra comercial não tem vencedores, e o protecionismo não tem futuro", afirmou o ministério do Comércio da China.
A China pediu aos EUA que cancelassem imediatamente as medidas tarifárias unilaterais e resolvessem as diferenças com seus parceiros comerciais por meio de um diálogo igualitário.
O presidente Donald Trump intensificou sua guerra comercial global na quarta-feira ao anunciar uma tarifa básica de 10% sobre as importações de todos os países, uma medida que entrará em vigor a partir de sexta-feira.
E também revelou uma tarifa mais alta para dezenas de países que a Casa Branca considera os piores infratores em termos de barreiras comerciais. Cerca de 60 nações que enfrentam tarifas recíprocas mais altas verão essas taxas entrarem em vigor em 9 de abril.
O presidente também anunciou uma taxa de 25% sobre todos os carros fabricados no exterior, que entra em vigor nesta quinta-feira. (Fonte: Prensa Latina)