
Foto: France 24
Havana, 12 abril (RHC) O estado de exceção no Equador, decretado no sábado para sete províncias, dois municípios e as prisões do país, está causando preocupação à véspera do segundo turno das eleições.
Um dos que expressaram essa preocupação foi o chefe da missão do Observatório Eleitoral da Conferência Permanente dos Partidos Políticos da América Latina e do Caribe, Fausto Liz, que pediu um processo eleitoral transparente e confiável.
Por sua vez, Gabriel Fuks, da missão de observação do Parlasur, alertou sobre o caráter alarmante de um decreto que suprime a inviolabilidade do lar, a inviolabilidade da correspondência, o direito à liberdade de reunião e prevê a mobilização das Forças Armadas e da Polícia Nacional.
Essas medidas estão incluídas no decreto com o qual o presidente e candidato à reeleição, Daniel Noboa, estabeleceu um estado de exceção de 60 dias em Guayas, Los Ríos, Manabí, Orellana, Santa Elena, El Oro e Sucumbíos, bem como em Quito, a capital do país, no cantão de Camilo Ponce (Azuay) e nas prisões.
Para a advogada Sonia Vera, essa decisão a menos de 24 horas das eleições "não é por motivos de segurança, é uma operação de controle eleitoral", porque não há novos acontecimentos, nem motivação suficiente, "o que há é medo dos votos".
Em meio às advertências, neste domingo, 13 de abril, mais de 13,7 milhões de equatorianos são chamados às urnas para eleger um presidente entre Noboa e Luisa González, do RC, que propõem dois projetos política, econômica e socialmente antagônicos (Fonte: Prensa Latina).