Havana, 30 de setembro (RHC).- O ministério cubano das Relações Exteriores qualificou de precipitada a decisão dos EUA de retirar mais da metade do pessoal de sua embaixada em Havana sob o argumento de supostos incidentes que afetaram a saúde de vários funcionários.
A diretora geral dos EUA na Chancelaria, Josefina Vidal, disse que a medida vai afetar as relações bilaterais, principalmente no que diz respeito ao intercâmbio entre as duas nações e à materialização de vários acordos em assuntos de interesse mútuo.
Vidal reiterou que o governo cubano não é responsável desses fatos e cumpre suas obrigações com a Convenção de Viena sobre a proteção da integridade física dos diplomatas e seus familiares. Lembrou que Cuba pediu aos EUA não politizar o assunto e chamou a não tomar decisões apressadas sem base alguma antes de concluir as investigações em curso.
Antes, o secretário norte-americano de Estado, Rex Tillerson, anunciara a redução do pessoal diplomático em Havana e garantira que as relações diplomáticas não seriam interrompidas.
Nesta semana, o chanceler Bruno Rodríguez conversou pessoalmente com Tillerson em Washington e lhe garantiu que as autoridades cubanas estão investigando os incidentes com seriedade, celeridade e profissionalismo, mas até agora não foram encontradas evidências da origem dos presumíveis problemas de saúde dos funcionários norte-americanos.