Havana, 27 de setembro (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que a Revolução é fiel a seus princípios e agradeceu à Assembleia Geral da ONU o rechaço sistemático ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, vigente desde o começo da década de 1960.
Falando nas sessões de alto nível desse órgão das Nações Unidas, Díaz-Canel lembrou a presença em anos anteriores de grandes figuras da Revolução cubana, como Fidel Castro, Ernesto Che Guevara, Raúl Castro e Raúl Roa. Sublinhou que os 3,4 bilhões de seres humanos que vivem hoje na pobreza não são por causa do socialismo, como dissera em seu discurso o presidente dos EUA, Donald Trump, e sim fruto das consequências do imperialismo, do egoísmo e do paradigma que privilegia a concentração da riqueza.
O presidente cubano frisou que o capitalismo se opõe à solidariedade e à participação democrática, promove o saque, ameaça a paz e constitui o maior perigo para o equilíbrio do planeta. Apontou que os EUA, um dos países mais poluentes, não quer acompanhar a comunidade internacional no Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas.
Reiterou que Cuba rejeita o uso encoberto das novas tecnologias de informação e telecomunicações para agredir outros Estados, e disse que apesar do bloqueio, da hostilidade e das ações do governo norte-americano para impor uma mudança de regime, a Revolução continua viva e poderosa, fiel a seus princípios.
“Cuba mantém a disposição de desenvolver uma relação respeitosa e civilizada com o governo dos EUA, sobre a base da igualdade soberana e o respeito mútuo”, ressaltou o presidente cubano. E esclareceu que “nunca faremos concessões que afetem a soberania e independência nacional, não negociaremos nossos princípios nem aceitaremos condicionamentos”.
Ontem, Díaz-Canel se encontrou com amigos de Cuba na igreja Riverside, onde no ano 2000 esteve o líder da Revolução cubana, Fidel Castro. De manhã, falou na sessão da ONU para comemorar o Dia Internacional para a Eliminação das Armas Nucleares.