Havana, 5 de junho (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel rechaçou as novas medidas dos EUA contra Cuba, que endurecem o bloqueio econômico, comercial e financeiro vigente há quase 60 anos, e disse que violam o direito internacional.
No Twitter, sublinhou que as autoridades norte-americanas não cessam em seu afã perverso de dobrar este país. Noutra mensagem, Díaz-Canel garantiu que Cuba vai contestar essa nova agressão com trabalho, criatividade, esforço e resistência.
Washington acaba de proibir a entrada de embarcações privadas norte-americanas em portos cubanos, incluso cruzeiros, e aplicou restrições às viagens de cidadãos desse país à Ilha com fins culturais ou educativos. Cabe recordar que os norte-americanos não podem fazer turismo em Cuba por causa do bloqueio iniciado na década de 1960. Para viajar, têm de pedir autorização do Departamento do Tesouro.
A chancelaria russa rechaçou o pacote de medidas anunciado por Washington. “Condenamos energicamente o fortalecimento do bloqueio estadunidense contra Cuba”, disse a porta-voz Maria Zajarova. “Nos surpreende a formulação cínica oferecida por Washington que justifica medidas unilaterais e coercitivas tão duras contra Havana, pois se trata de ações contra todos os cidadãos cubanos”, apontou.
Nesse ponto, a organização norte-americana Engage Cuba disse que a medida atenta contra o direito de viajar, fundamental como cidadãos estadunidenses. James William, presidente da entidade, afirmou que as liberdades individuais não devem ser tomadas de refém pelos políticos.
Na Argentina, o Grupo Parlamentar de Amizade Argentina – Cuba condenou o novo pacote anticubano anunciado pelo governo dos EUA. Numa atividade na sede do Senado, em Buenos Aires, o presidente do grupo, Alfredo Luenzo, destacou o caráter extraterritorial da lei Helms – Burton e os prejuízos ocasionados ao povo cubano.
Luenzo disse que o princípio da livre determinação dos povos, espelhado na Carta da ONU, deve ser respeitado, porém, os EUA fazem ouvidos moucos e ameaçam intervir noutros países da região.
Por sua vez, a Campanha de Solidariedade a Cuba no Reino Unido exigiu do presidente Donald Trump pôr fim à política hostil contra esta Ilha, encaminhada a asfixiar sua economia. Numa passeata em Londres, os ativistas britânicos condenaram as novas medidas de Washington porque atentam contra o povo cubano e por seu caráter extraterritorial.