Havana, 7 de abril (RHC).- A Associação Suíça-Cuba ressaltou a solidariedade cubana a outros países para enfrentar a pandemia, e exigiu dos EUA eliminar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a esta Ilha.

A medida coercitiva está vigente desde o começo dos anos 60 e foi intensificada pelo presidente Donald Trump.

A organização ressaltou o altruísmo demonstrado com o envio de brigadas médicas especializadas a pedido de vários governos, inclusive Itália e Andorra, na Europa. Sublinhou que o bloqueio a Cuba e medidas semelhantes tomadas por Washington contra a Venezuela, Irã, Nicarágua, Síria e Rússia, dificultam a aquisição de medicamentos e insumos necessários para conter a transmissão da doença e atender os pacientes.

Por sua vez, o cientista político e sociólogo argentino Atilio Borón afirmou que o bloqueio dos EUA a Cuba é o crime de guerra mais infame, por sua maldade e duração. Em mensagem no Twitter, assinala que o cerco iniciado há quase 60 anos não tem precedentes na história universal.

Na Espanha, cerca de 60 organizações sociais denunciaram as medidas coercitivas dos EUA contra Cuba, Venezuela, Irã e Palestina em meio à luta para debelar a pandemia do novo coronavírus. Em carta enviada à Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, exigiram o fim dessa política para que essas nações possam enfrentar a crise sanitária atual. Denunciaram que as sanções impedem que organismos internacionais possam entregar alimentos e medicamentos com destino à população desses países.

Em termos semelhantes se expressou o Foro de São Paulo, em carta enviada à ONU, à CELAC – Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, à OMS – Organização Mundial da Saúde, à OEA – Organização de Estados Americanos e a outras instituições. O texto condena o bloqueio dos EUA a Cuba, e ressalta que esta Ilha mais uma vez presta sua colaboração em matéria de saúde para enfrentar a pandemia noutras nações.