Havana, 10 de abril (RHC).- A Rússia denunciou manobras dos EUA para impedir a chegada de ajuda humanitária a Cuba, necessária para enfrentar a pandemia, e sublinhou que essas ações fazem parte do bloqueio econômico, comercial e financeiro vigente há quase 60 anos.
Maria Zajarova, porta-voz da Chancelaria, sublinhou que enquanto Cuba envia seus médicos a outros países, como Itália, Venezuela, Nicarágua, El Salvador e nações do Caribe, para contribuir a enfrentar a Covid-19, Washington trata de que não receba material tão importante como equipamentos médicos. Essa postura está fora de toda lógica de entendimento, apontou.
Zajarova lembrou que o cerco imposto pelos EUA tornou impossível levar à Ilha dois milhões de máscaras, 400 mil kits de testes rápidos e 104 aparelhos de ventilação artificial. A remessa tinha sido preparada na China pelo presidente da junta do consórcio Alibaba, Jack Ma, para 24 países, entre eles Cuba. A companhia norte-americana contratada para fazer o traslado desistiu por temor às sanções de Washington.
“Isso é uma nova demonstração do caráter criminoso das sanções unilaterais, em geral, e das dos EUA, em concreto, neste caso para atentar contra a vida e saúde de milhões de pessoas ao deixa-las em condições mais difíceis em suas nações”, denunciou a porta-voz da chancelaria russa. Afirmou que isso ocorre quando a Organização Mundial da Saúde está pedindo apoio para as nações afetadas pela pandemia, deixando de lado as guerras comerciais e as punições unilaterais para permitir o acesso sem empecilhos a alimentos e medicamentos necessários.