Havana, 15 de abril (RHC).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, condenou o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba há quase 60 anos, e destacou a solidariedade dos médicos cubanos antes e durante a pandemia.
Disse que o cerco norte-americano carece de apoio no mundo, e recordou que todos os anos a Assembleia Geral da ONU aprova resoluções que chamam Washington a eliminar essa medida unilateral.
Lembrou que em outubro passado o documento teve o respaldo de 187 países, e somente três votaram pela manutenção do bloqueio: EUA, Israel e Brasil. “Em nossos contatos com a parte norte-americana assinalamos o caráter totalmente prejudicial dessa política”, apontou o chanceler russo. Indicou que Cuba está interessada em normalizar as relações, porém sobre a base do respeito mútuo e dos princípios da Carta da ONU, entre eles o respeito à soberania dos Estados e do direito dos povos de decidirem sobre seu destino.
Em coletiva de imprensa através de videoconferência, Lavrov sublinhou que as sanções unilaterais reduzem as possibilidades de lutar contra a Covid-19, e são imorais e desumanas. “Washington proíbe a Cuba a compra de equipamentos médicos”, ressaltou Lavrov, e rejeitou as campanhas dos EUA para desacreditar a colaboração médica cubana a outros países para resolver tarefas complexas na área de saúde. “Os médicos cubanos fazem esse trabalho há muitos anos, na América Latina e noutras regiões do mundo, muito antes da pandemia”, lembrou o ministro russo das Relações Exteriores.