Havana, 2 de junho (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, chamou a erradicar negligências que levem a um recuo no enfrentamento à Covid-19 no país, e mencionou os focos detectados em Havana quando o número de casos diários já tinha uma tendência à queda.

Dez das 15 províncias, além do município especial Ilha da Juventude, estão há mais de duas semanas sem registrar novos contagiados.

Díaz-Canel participou da reunião diária sobre o comportamento da pandemia nesta Ilha, na qual são examinadas as medidas a tomar em cada etapa do enfrentamento à crise sanitária. “A realidade é que houve negligência”, apontou o mandatário, e sublinhou que um erro pode gerar situações como a dos últimos dias nesta capital.

O primeiro-ministro, Manuel Marrero, chamou a cumprir o que está estabelecido para conter a transmissão do coronavírus, conferindo todos os detalhes nessa tarefa.

Por sua vez, a ministra de Educação, Ena Elsa Velázquez, referiu-se às atividades docentes em curso através da televisão, levando em conta que as escolas continuam fechadas em todos os níveis.

Disse que para aprimorar esse trabalho estão sendo consideradas as opiniões dos alunos, professores e familiares. Quanto ao ano letivo 2020-2021, que em condições normais começaria em setembro, a ministra apontou que estão em estudo as adaptações a serem feitas no conteúdo das matérias do ponto de vista integral.

Na reunião, a ministra do Trabalho e Seguridade Social, Marta Elena Feitó, falou sobre as 36 medidas de caráter laboral, salarial e de assistência aplicadas desde que começou a pandemia. Indicou que se mantêm vigentes, e sua derrogação dependerá do comportamento da Covid-19 em Cuba. Contudo, advertiu que algumas delas serão mantidas a partir dos benefícios demonstrados, entre elas a ampliação do trabalho a distância.

Nesta terça-feira, o doutor Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do ministério da Saúde, informou de outros nove casos da Covid-19 em Cuba, todos em Havana, a capital.

Dos 2.092 com diagnóstico positivo, 1.827 já receberam alta hospitalar. Nas últimas 24h não houve óbitos pela enfermidade. Desde que começou a pandemia, faleceram 83 pacientes, para um índice de letalidade de 3,96%.