Havana, 9 de junho (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel deu as boas-vindas à brigada médica cubana que voltou da Itália ontem após dois meses de trabalho na região da Lombardia atendendo pacientes da Covid-19.
Através de vídeo-enlace condizente com as medidas de isolamento social, comunicou-se com os 52 profissionais da saúde quando desembarcaram no aeroporto internacional de Havana.
“Vocês representam a vitória da vida sobre a morte, da solidariedade sobre o egoísmo, do ideal socialista sobre o mito do mercado. Com seu nobre gesto e sua brava disposição de desafiar a morte para salvar vidas, vocês mostraram ao mundo uma verdade que os inimigos de Cuba têm pretendido silenciar ou deturpar: a fortaleza da medicina cubana”, sublinhou Díaz-Canel.
Referiu-se ao trabalho conjunto em Cuba para enfrentar a pandemia, do qual participam também os cientistas, pesquisadores e acadêmicos, em busca de aprofundar no conhecimento da enfermidade e de traçar protocolos de atenção aos pacientes e à população vulnerável.
“Só com o trabalho incansável, sob condições excepcionais, de pessoas de todos os ofícios e esse talento desbordado pode se explicar a razão de que estejamos ganhando a luta contra a pandemia em momentos em que outra terrível pandemia, a do bloqueio e da guerra econômica, se intensifica sem piedade desde a administração norte-americana mais criminosa quanto mais desprestigiada”, ressaltou o mandatário cubano ao falar sobre a política hostil de Washington.
“Nestes dois meses e meio cruciais para o mundo, especialmente para uma nação bloqueada a extremos genocidas, os EUA nos negaram e impediram compras de todo tipo, não compartilharam informação nem agiram como estabelecem as leis internacionais contra um atentado terrorista a nossa embaixada em Washington. E, no cúmulo do cinismo, colocaram Cuba numa lista espúria de nações que não cooperam na luta contra o terrorismo.
Atuaram com particular aleivosia na perseguição de embarcações de combustível desde a Venezuela e impuseram novas sanções contra investidores atuais ou possíveis, e contra instituições cubanas”, apontou Díaz-Canel.
Ao dar as boas-vindas online aos profissionais da saúde que colaboraram na cidade italiana de Crema na luta contra a Covid-19, referiu-se à campanha internacional que propõe indicar essas brigadas ao prêmio Nobel da Paz.
“Com a missão que vocês cumpriram, contribuíram solidamente a impulsionar esse movimento”, expressou o presidente cubano, e recordou que com obras como essa prestam homenagem ao Herói Nacional, José Martí, e ao líder histórico da Revolução, Fidel Castro, e inspiram o lema de “Pátria ou Morte, Venceremos”.