Havana, 25 de junho (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que cubanos e venezuelanos não precisam ler o livro do ex-assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, para mostrar que a política do governo norte-americano é cínica e imoral.

“Nossas nações são castigadas cruel e cotidianamente, mas têm sabido resistir e vencer”, postou no Twitter.

No texto, colocado à venda a partir de ontem, a palavra Cuba aparece 84 vezes. Em alguns trechos, relacionada com a Venezuela, à qual Bolton dedica um capítulo completo. Num deles, Bolton afirma que Cuba, junto à Venezuela e Nicarágua, representam uma ameaça no hemisfério ocidental.

Por sua vez, o chanceler Bruno Rodríguez sublinhou que os EUA arvoram valores como pretexto para agredir outras nações. No Twitter, frisou que essa maneira de agir em política exterior tem sido utilizada para defender seus interesses econômicos e estabelecer seu domínio.

“A suposta promoção de valores dos EUA na política exterior tem sido historicamente pretexto para o atropelo em função de defender os interesses do grande capital estadunidense através da dominação e da hegemonia”, apontou.

Washington usa bandeiras como a da defesa dos direitos humanos, da democracia e da liberdade para tentar justificar sua ingerência nos assuntos internos de outros países, e um exemplo disso é a guerra de novo tipo desencadeada contra a Venezuela para forçar uma mudança de governo.

Também no Twitter, o embaixador cubano nos EUA, José Ramón Cabañas, questionou o uso de “dois pesos – duas medidas” pelas autoridades norte-americanas ao focarem crimes de caráter internacional, como a trata de pessoas, o narcotráfico, o terrorismo e outros.

Disse que a decisão de Washington de interromper a colaboração com Cuba sobre essas questões significa um benefício para os traficantes e criminosos, e até parece que o Departamento de Estado quer ajudar os mafiosos.