Havana, 26 de junho (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel ressaltou os avanços da ciência cubana no enfrentamento à pandemia, em meio à complexa situação no país. Disse que o caminho científico está se fortalecendo e consolidando seus resultados.
Ao falar na reunião com representantes desse setor, engajado nos programas de prevenção e controle do Sars-Cov2, sublinhou a importância do trabalho conjunto com o governo para erradicar a doença e salvar vidas.
“Aqui todos estão cooperando, uns com os outros, sem vaidades. Vão se complementando e apoiando, e no final obtemos um resultado único para o bem comum”, apontou o mandatário cubano.
No encontro, a doutora Beatriz Marcheco, diretora do Centro de Genética Médica, explicou que estão sendo levadas adiante pesquisas sobre os fatores imunogenéticos quanto ao agravamento da doença em algumas pessoas.
Também, a incidência de aspectos como o tipo de emprego, a cor da pele, as faixas de idade, os hábitos tóxicos, as enfermidades prévias, o nível de estresse e outros parâmetros.
Baseando-se em resultados preliminares, Marcheco indicou que de 11 de março a 11 de junho foram diagnosticadas positivas em Cuba mais pessoas brancas, além do predomínio das que têm sangue do tipo A.
Por sua vez, a doutora Teresita Montero, dos serviços médicos do Hospital Militar Central Doutor Luiz Díaz Soto, informou sobre a análise patológica dos pacientes falecidos para direcionar as ações de reabilitação dos que conseguiram se recuperar.
Até agora foi possível comprovar a influência negativa de enfermidades crônicas prévias ao contágio e a presença viral em órgãos que não mostram alterações notáveis. Também, a frequência da resposta inflamatória sistêmica nos casos graves.
Na reunião com representantes do setor científico, o doutor Pedro Más, vice-presidente da Sociedade Cubana de Higiene e Epidemiologia, lembrou que o pico da Covid-19 no país registrou-se aos 45 dias do primeiro caso diagnosticado.
A experiência acumulada e as medidas adotadas permitiram evitar uma nova subida nos contágios aos 89 dias, quando foram detectados dois focos em Havana e outro num navio mercante que chegou ao país com 22 tripulantes doentes.
Nesta sexta-feira, o doutor Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do ministério da Saúde Pública, disse que nas últimas 24h não houve óbitos pela Covid-19. O país se mantém com 85 falecidos desde que começou a pandemia.
Foram diagnosticados três novos casos positivos, dois em Havana e um na província de Mayabeque. Indicou que 93,8% dos 2.325 contagiados já receberam alta hospitalar. A taxa de letalidade pela enfermidade em Cuba é de 3,65%.