Havana, 10 de julho (RHC).- Cuba reiterou que manterá sua condição de garante da implementação dos acordos de paz assinados entre a outrora guerrilha das FARC – Forças Armadas Revolucionárias e o governo da Colômbia, apesar das ações de manipulação política levadas adiante pelas autoridades desse país nos últimos tempos.
Essa postura hostil facilitou aos EUA incluírem Cuba em sua lista unilateral e arbitrária de nações que supostamente não colaboram plenamente com a luta contra o terrorismo, sob o pretexto da presença em Havana de dirigentes da guerrilha do ELN – Exército de Libertação Nacional da Colômbia depois de o governo colombiano ter interrompido o diálogo de paz.
O ministério das Relações Exteriores lembra que Cuba condenou o atentado a bomba do ELN contra a Escola de Cadetes da Polícia em Bogotá, pivô da suspensão dos contatos, e rechaçou todo tipo de ação ou prática terrorista. Porém, reitera que é preciso cumprir os protocolos estabelecidos para o rompimento das conversações, especialmente o retorno seguro à Colômbia da delegação do grupo guerrilheiro que participava delas, e rechaça o pedido de extradição.
O comunicado destaca que as autoridades colombianas pretendem ignorar as obrigações desta Ilha como garante do diálogo, semelhante ao papel desempenhado durante as conversações de paz com a ex-guerrilha das FARC, hoje transformada em partido político.