Havana, 5 de agosto (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel garantiu que as autoridades cubanas aplicarão fortes medidas para combater as ilegalidades que afetam o acesso da população a artigos de primeira necessidade e outros bens, especialmente a ação de especuladores e revendedores.
“O que estamos colocando é não admitir a atividade econômica ilícita”, indicou ao falar na reunião em que foi aprovado o plano para enfrentar essa situação. Díaz-Canel contestou os que tratam de mostrar essas pessoas como vítimas de uma suposta repressão oficial.
“Os que os defendem não reconhecem que estas figuras cometem delitos e ilegalidades que irritam e prejudicam a população”, afirmou.
“Somos os primeiros em reconhecer nossas insuficiências, porém, há um trabalho de continuidade que se manifesta na maneira em que, junto ao povo, tem se enfrentado a pandemia, com a aprendizagem da Revolução e a unidade”, sublinhou o mandatário cubano ao rechaçar as campanhas dos inimigos do processo revolucionário.
“Aos que apostam em dividir-nos com esta situação, mais uma vez podemos garantir-lhes que seus planos e desejos de desestabilizar a situação do país e a Revolução serão derrotados, ou já estão sendo derrotados com a ação do povo, sem ceder ante pressões, chantagens ou propostas dos que querem anexar a pátria ao norte brutal”, frisou Díaz-Canel.
Ontem, o plano de enfrentamento às ilegalidades em torno da venda nos estabelecimentos comerciais no país foi apresentado pelo primeiro-ministro Manuel Marrero no programa de televisão “Mesa Redonda”.
Ele ressaltou que a população sempre foi protagonista das principais batalhas da Revolução no âmbito político, social ou econômico, e nos últimos meses na prevenção e controle da pandemia.
Marrero indicou que neste instante o país está mergulhado em três grandes tarefas: o enfrentamento à Covid-19, a aplicação de uma estratégia econômica e social para lidar com a crise global gerada pela pandemia em meio ao endurecimento do bloqueio imposto pelos EUA, e a luta contra as ações ilícitas e a corrupção.
O premiê sublinhou que o primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, referiu-se ao plano como uma operação popular e orientou que as Forças Armadas colaborem com o ministério do Interior na aplicação das medidas contra as ilegalidades.
Afirmou que Raúl destacou a importância da participação dos CDR – Comitês de Defesa da Revolução, da Federação de Mulheres Cubanas e da Central de Trabalhadores de Cuba, porque são expressão da força do povo, e disse que se deve agir com firmeza, sem excessos e com respeito às leis.