Presidente cubano destaca papel da ciência no enfrentamento à Covid-19

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-08-28 17:43:30

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Havana, 27 de agosto (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel destacou o papel dos cientistas cubanos no enfrentamento à Covid-19. Ao falar no encontro com os pesquisadores e especialistas que participam diretamente da luta contra a pandemia, disse que eles contribuem à eficácia, segurança e soberania nessa tarefa.

Na reunião, Vicente Vérez, diretor geral do Instituto Finlay, revelou que a primeira fase de ensaios clínicos da vacina cubana “Soberana 01” contra o Sars-Cov2, iniciada na segunda-feira, está mostrando bons resultados. Sublinhou que nenhum dos voluntários que receberam a dose apresentou efeitos adversos, somente os tradicionais como leve dor de cabeça e na zona do braço onde foi injetada.

Vérez informou que na semana que vem o produto será administrado a mais 20 voluntários, neste caso com idades entre 60 e 80 anos. Também se avança nas pesquisas de uma segunda vacina cubana antiCovid-19, obtida a partir do mesmo antígeno da anterior, porém, noutra plataforma. O diretor do Instituto Finlay indicou que o propósito é iniciar os ensaios clínicos em humanos em outubro.

No debate foram abordados os resultados dos testes clínicos do uso da ozonoterapia pela via retal em pacientes positivos com sintomas leves ou moderados. Sarahi Mendoza, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do CNIC – Centro Nacional de Investigações Científicas, apontou que a incorporação da terapia com ozônio no tratamento convencional fez aumentar o número de pacientes que negativaram seu PCR a partir do quinto dia. Também conseguiu-se reduzir em 3,5 dias a média de estadia no hospital. Essa opção foi incluída no protocolo para contagiados com PCR positivo persistente.

Por sua vez, a doutora Ileana Morales, diretora nacional de Ciência e Inovação Tecnológica do ministério da Saúde Pública, ressaltou que foi ampliado o uso do Heberferon e do plasma hiperimune, baseando-se nas pesquisas dos médicos e cientistas cubanos.

Na reunião com os especialistas engajados no enfrentamento à pandemia, encabeçada pelo presidente Díaz-Canel e o primeiro-ministro Manuel Marrero, o decano da Faculdade de Matemática da Universidade de Havana, Raul Guinovart, lembrou que o novo pico de incidência da enfermidade em Cuba foi registrado no dia 15 deste mês, e a partir daí foi baixando o número de casos ativos. Frisou que 75% dos contagiados em Cuba estão na faixa de 20 a 59 anos de idade.

Quanto a isso, o mandatário cubano reiterou a necessidade de que os jovens tenham um comportamento responsável ante a Covid-19, porque são os mais atingidos e os que mais podem propagar o coronavírus, sobretudo quando estão assintomáticos. Eles podem contagiar os idosos e pessoas vulneráveis, que têm maior possibilidade de passar a estado grave.

“Temos de continuar incrementando a eficiência das medidas”, sublinhou Díaz-Canel, e anunciou que serão ampliadas as restrições em Havana para conter a transmissão na cidade, hoje com pouco mais de dois milhões de habitantes.

O presidente cubano participou, também, da reunião diária sobre o comportamento da pandemia no país. O debate girou em torno da situação epidemiológica na capital e nas províncias de Artemisa, Villa Clara, Cienfuegos e Sancti Spiritus. O ministro da Saúde Pública, José Angel Portal, explicou detalhes da propagação do coronavírus em Havana, e mencionou focos que tiveram sua origem em festas e outras violações das medidas de prevenção e controle orientadas pelas autoridades.

Nesta quinta-feira o doutor Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do ministério da Saúde Pública, informou que 47 novos casos positivos, deles 19 em Havana e 13 em Matanzas. No total são 3.806 contagiados em Cuba desde que foi detectado o primeiro em março passado. Ontem não houve óbitos pela doença.



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