Havana, 18 de fevereiro (RHC).- O diário norte-americano “The New York Times” afirmou que Cuba “está à beira de um avanço científico extraordinário: a produção em massa de uma vacina contra o coronavirus inventada na Ilha”.
“Uma das quatro vacinas desenvolvidas por cientistas cubanos entrará numa fase final de testes no mês que vem, um passo crucial rumo à aprovação regulatória que, se for bem-sucedida, poderia colocar a Ilha no caminho de imunizar toda sua população e começar as exportações ao exterior no final do ano”, indica a matéria.
O texto se refere à Soberana 02, uma das quatro candidatas cubanas atualmente em ensaios clínicos. As outras são a Soberana 01, a Mambisa e a Abdala. “Não é apenas medicina e humanismo.
Há uma grande recompensa econômica se conseguirem controlar o vírus”, declarou Richard Feinberg, especialista em Cuba da Universidade da Califórnia. Disse que esse acontecimento fará crescer o prestígio do setor farmacêutico biotecnológico cubano, e facilitará a comercialização de outros produtos concebidos pelos cientistas locais.
A matéria no “The New York Times” lembra que Cuba começou a investir na biotecnologia na década de 1980, como parte da ideia do líder Fidel Castro de tornar o país autossuficiente ante as dificuldades para adquirir medicamentos no exterior por causa do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA.
“O investimento em saúde pública deu lugar a dezenas de instituições de pesquisa médica, e um excedente de médicos que Cuba envia a outros países”, aponta. E ressalta que no país são fabricadas oito das 12 vacinas administradas às crianças, além de exportar vacinas a mais de 30 nações.
Inclusive, nos EUA o Roswell Park Comprehensive Cancer Center, com sede em Nova Iorque, está testando uma vacina terapêutica cubana contra o câncer de pulmão, que já vem sendo utilizada nesta Ilha com bons resultados.
Aliás, no México, o chanceler Marcelo Ebrard informou que a Soberana 02 poderia ser aplicada nesse país em ensaios clínicos de fase três. Disse que a Secretaria de Saúde mantém contatos com o laboratório cubano que desenvolveu essa candidata antiCovid para acertar os termos dessa colaboração.