Havana, 18 de maio (RHC).- O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, denunciou a seletividade na imunização global contra a Covid-19 e o desequilíbrio em relação com os vacinados entre países de altos e de baixos ingressos.

No Twitter, ressaltou que, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, nas nações ricas uma de cada quatro pessoas, em média, recebeu doses dos imunizantes que protegem do Sars-Cov2, enquanto nos países mais pobres só uma de cada 500.

“A seletividade para a imunização global responde ao mercado, e não ao direito humano à saúde”, indicou Rodríguez.

Em abril passado, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que tinham sido aplicadas cerca de 700 milhões de doses de vacinas antiCovid, porém, mais de 87% foi em países de ingressos altos e médios. Os países pobres somente receberam 0,2%.

Cuba tem cinco candidatas vacinais concebidas pelos cientistas locais contra a enfermidade, delas duas estão na etapa final do processo de validação: a Soberana 02 e a Abdala.

Se forem aprovadas pela entidade reguladora após demonstrarem sua eficácia, poderia se tornar a primeira nação da América Latina e Caribe em ter desenvolvido um imunizante próprio contra a Covid-19.