Havana, 13 de julho (RHC).- Vários presidentes latino-americanos expressaram seu apoio a Cuba ante a nova campanha hostil. Em Havana e outras localidades do país registraram-se incidentes e atos de vandalismo no domingo passado, incitados através das redes sociais, e voltou-se a falar numa eventual ajuda ou intervenção humanitária, ignorando propositalmente os efeitos do bloqueio econômico, comercial e financeiro endurecido notavelmente pelo ex-presidente Donald Trump antes de abandonar a Casa Branca.
As mais de 240 medidas adicionais tomadas por Trump têm sido mantidas sem justificativa alguma pelo atual mandatário Joe Biden.
Na Venezuela, Nicolás Maduro reiterou o respaldo a Cuba e disse que a melhor ajuda ao povo seria que os EUA colocassem fim ao cerco. Por sua vez, o chefe de Estado argentino, Alberto Fernández, sublinhou que não há nada mais desumano do que cercar economicamente um país em meio à pandemia. “Quando um país é bloqueado, o que fazem é bloquear uma sociedade”.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pediu a eliminação do bloqueio e condenou a ingerência contra esta Ilha. Em sua coletiva de imprensa matutina, disse que Cuba “é um país independente e soberano. Nada de politização de campanhas na mídia”. “Não se deve utilizar como bandeira o apoio humanitário para atacar ou interferir nos assuntos que só correspondem aos cubanos resolver”, assinalou López Obrador.
Na Bolívia, o mandatário Luis Arce, expressou seu “apoio pleno ao povo cubano em sua luta contra as ações desestabilizadoras”, e condenou a desinformação e os ataques do exterior. “Os problemas em Cuba devem ser resolvidos pelos cubanos, sem nenhuma ingerência, muito menos dos que mantêm um bloqueio criminoso há 60 anos”, afirmou.
O governo da Nicarágua condenou a agressão permanente dos EUA contra esta Ilha, e sublinhou que Washington “não tem nenhuma autoridade moral para falar nada” porque é responsável de crimes atrozes, de ódio e de lesa humanidade.
Sacha Llorenti, secretário-executivo da ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, condenou as ações ingerencistas promovidas desde os EUA e rejeitou declarações de Luis Almagro, secretário-geral da OEA – Organização de Estados Americanos, de apoio os atos de desestabilização registrados em Cuba.
No Brasil, o PT – Partido dos Trabalhadores e o PCdoB – Partido Comunista do Brasil externaram sua solidariedade ao povo e governo desta Ilha, que durante seis décadas têm sido vítimas do bloqueio norte-americano que prejudica suas relações comerciais com o resto do mundo e cerceia suas possibilidades de desenvolvimento.