Foto: Archivo de RHC
Havana, 29 de setembro (RHC).- O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, condenou as enormes despesas em armamento em momentos de tanta desigualdade no acesso às vacinas contra a Covid-19.
Rodríguez falou na reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU pelo Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, e destacou que mais de 800 milhões de seres humanos passam fome no mundo. Indicou que segundo estimativas desse organismo, 130 milhões de pessoas devem mergulhar na pobreza extrema em 2021, e denunciou que a pandemia continua gerando uma crise global enquanto os EUA e seus aliados arvoram doutrinas atômicas cada vez mais agressivas, e modernizam seus arsenais.
O chanceler cubano recordou que os EUA têm sido os únicos em utilizar bombas nucleares. Em 1945, lançaram dois artefatos desse tipo sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, matando dezenas de milhares de civis inocentes e deixando graves sequelas nos sobreviventes e seus descendentes.
Afirmou que Cuba, junto ao Movimento dos Países Não Alinhados, tem exigido a proibição e erradicação total dessas armas, e considera que essa deve ser a maior prioridade em termos de desarmamento. “Ao mesmo tempo, reafirmamos o direito ao desenvolvimento e uso pacífico da energia nuclear e suas aplicações”, assinalou.
